quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Investigação de roubo ao Itaú provoca crise em SP

Apenas cinco clientes prestaram queixas dos cofres roubados

A já tumultuada investigação do roubo dos cofres particulares do banco Itaú, na avenida Paulista, ganhou novo ingrediente polêmico. A cúpula da Polícia Civil descobriu que uma segunda unidade policial realiza uma apuração paralela do crime, ocorrido no fim de agosto.

Além do Deic (departamento especializado em roubos), que tem exclusividade nesses tipos de casos, o assalto em que milhões em joias e dinheiro foram levados da agência também é alvo do 69° DP (Teotônio Vilela), da zona leste. A delegacia fica a mais de 20 km do banco roubado.

Oficialmente, a cúpula da Polícia Civil disse não haver, em princípio, nenhuma irregularidade no fato, porque o inquérito aberto pela delegacia da zona leste ocorreu a partir de uma "denuncia anônima" segundo a qual parte da quadrilha que realizou o assalto é da região.

Mas, extraoficialmente, a descoberta provocou uma crise. O 69° DP é comando pelo delegado Rui Ferraz Fontes, ex-chefe do Deic e desafeto do secretário da Segurança, Antonio Ferreira Pinto. Parte da equipe Deic ficou sabendo da investigação paralela quando foi ouvir funcionários do banco. Eles disseram já ter sido procurados por uma "equipe especial".

Para tentar minimizar a crise, a cúpula da Polícia Civil reuniu todos os policiais envolvidos nos dois inquéritos. O delegado Fontes disse não haver nenhuma irregularidade no seu trabalho. Ele afirma ter comunicado seus superiores de suas ações. Antes da descoberta da investigação paralela, O Deic já havia recebido críticas por demorar mais de uma semana para iniciar as investigações.

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