Na terça-feira, a embaixada americana em Cabul, no Afeganistão, foi atacada

Paquistão: ativistas protestam contra presença militar americana no país

O alerta dos Estados Unidos sobre os militantes que atuam no Paquistão contraria a cooperação dos dois países contra o terrorismo, declarou nesta quinta-feira o Ministério de Relações Exteriores paquistanês. O governo americano responsabilizou os militantes pelo ataque desta semana contra sua embaixada em Cabul, no Afeganistão, e prometeu retaliar insurgentes baseados no país.

No início da semana, o secretário da Defesa americano, Leon Panetta, afirmou que os EUA fariam o que fosse preciso para defender as forças baseadas no Afeganistão contra os militantes baseados no Paquistão. "Nós acreditamos que esses comentários não estão de acordo com a cooperação que existe entre os dois países", disse à imprensa a porta-voz da chancelaria, Tehmina Janjua.

Autoridades dos EUA suspeitam que militantes da rede Haqqani estejam por trás do ataque de terça-feira com foguetes contra o complexo da embaixada americana na capital afegã, bem como a explosão de um caminhão-bomba no sábado passado, na qual ficaram feridos 77 integrantes das forças do país.
Novo ataque - Pelo menos 18 pessoas morreram e 47 ficaram feridas nesta quinta-feira em um atentado durante o funeral de um líder tribal que lutou contra os talibãs no noroeste do Paquistão, informou a polícia. O ataque aconteceu perto das zonas tribais ocupadas pelos talibãs paquistaneses, principais responsáveis por uma onda violenta de atentados, em sua maioria suicidas, que provocou 4.600 mortes em todo o país nos últimos quatro anos.

O ataque foi cometido na cidade de Jandol, no distrito de Lower Dir, de onde o Exército expulsou em 2009 os talibãs aliados da Al Qaeda durante uma vasta operação militar em todo o vale do rio Swat. "O atentado tinha como alvos integrantes da milícia local antitalibã", afirmou Salim Khan Marwat, comandante da polícia local.