domingo, 11 de setembro de 2011

Sobe para nove número de cidades em calamidade pública em Santa Catarina

O número de pessoas afetadas pelos temporais continua em 935.932

santa catarina 
Alexandro Auler/AE
Vista aéra de área que foi alagada em Rio do Sul (SC), neste domingo (11)
Mais um município decretou estado de calamidade pública por causa das chuvas em Santa Catarina, de acordo com o último relatório divulgado pela Defesa Civil, às 18h deste domingo (11). Com o decreto da cidade de Taió, o Estado já soma nove municípios em calamidade pública. Outros 36 municípios estão em situação de emergência e 87 têm notificação preliminar de desastre.
As outras cidades que estão em calamidade são: Agronômica, Aurora, Brusque, Itopuranga, Laurentino, Lontras, Presidente Getúlio e Rio do Sul.
A quantidade de desalojados (pessoas que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares) continua em 159.490 e a de desabrigados (os que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos), 15.020.
Sobre os danos aos serviços essenciais, a Defesa Civil informa que 43 municípios estão sem água, 34 sem energia e 76 com problemas em transportes. Com danos materiais, se encontram 28.768 residências.

Mortes
Neste domingo, a Defesa Civil confirmou que as enchentes que castigam o Estado fizeram a terceira vítima, na cidade de Laurentino. O número de pessoas afetadas pelos temporais continua em 935.932.

A terceira vítima, Ronaldo Novaes dos Santos, tinha 19 anos e, segundo relatou a Defesa Civil, estava em uma embarcação quando tocou com a cabeça na rede elétrica de alta tensão.
As outras duas vítimas fatais moravam nas cidades de Guabiruba e Itajaí.
Reconstrução O tempo está estável neste domingo em Santa Catarina, com predomínio de sol em todo o Estado, o que permite que os catarinenses comecem a trabalhar na reconstrução de suas perdas.
O nível dos rios continua baixando, mas a situação ainda é crítica em muitos municípios. Geólogos da Defesa Civil estão no Braço do Baú, em Ilhota e em Rio do Sul, para vistoriar áreas com risco de desmoronamento.
A previsão é que no início da tarde a BR-470 esteja liberada para o tráfego de caminhões, viabilizando a chegada de materiais de assistência em Rio do Sul, município que está sem comunicação. A Defesa Civil informou que os radioamadores é que estão conseguindo contato com todos os municípios isolados.
A Defesa Civil e a Vigilância Sanitária do Estado estão distribuindo informativos com orientações sobre os cuidados necessários após as enchentes.
Estabelecimentos comerciais não devem utilizar produtos que tenham entrado em contato com a água da enchente. Outro cuidado é com o manuseio de animais mortos. O correto é envolver o animal em um saco plástico e descartar no lixo orgânico. Para os que estão organizando campanhas de doação, a orientação é não arrecadar medicamentos.

Doações
A Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) começou a receber, na sexta-feira (9), no Centro de Ciências de Administração e Socioeconômicas (Esag), no bairro Itacorubi, em Florianópolis, doações de alimentos não perecíveis, água, produtos de limpeza e de higiene pessoal, e colchões para ajudar os atingidos pela chuva em Santa Catarina.

A Esag/Udesc fica na av. Madre Benvenuta, 2007, no Itacorubi, em Florianópolis. Outras informações sobre as doações podem ser obtidas no Daag, pelo telefone (0XX48) 3321-8216.

Até ontem, a Secretaria Estadual de Defesa Civil não estava fazendo campanha de doações. Segundo o secretário do órgão, Geraldo Althoff, as prioridades dos municípios estão sendo atendidas com recursos do Estado, e uma campanha de donativos neste momento demandaria uma estrutura logística e de pessoal.

- Mesmo assim, apoiamos as pessoas que queiram ajudar os locais. Solidariedade é muito importante. Solicitamos que as pessoas que pretendem auxiliar procurem se informar das necessidades das comunidades, e entre em contato com o responsável das doações no município.

A Defesa Civil orienta que os alimentos doados devem estar dentro do prazo de validade, sejam não perecíveis e tenham a embalagem em bom estado. Já colchões, roupa de cama e travesseiros devem estar limpos e em bom estado de conservação, assim como, as roupas e calçados. As peças não podem estar rasgadas ou danificadas.

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