quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dos 17 feridos em explosão de restaurante, 13 recebem alta

Quem passava perto do restaurante acabou atingido por destroços. Foto: Reprodução/Futura Press Quem passava perto do restaurante acabou atingido por destroços
Dos 17 feridos na explosão do restaurante no centro do Rio de Janeiro internados em hospitais, 13 receberam alta até o final da tarde desta quinta-feira. Os outros quatro permanecem em estado delicado, sendo dois graves. Egídio da Costa Neto foi levado ao Hospital Miguel Couto com traumatismo craniano. A explosão destruiu o andar térreo do edifíco, onde estava localizado o estabelecimento, e três pessoas morreram.
Daniele Cristina Pereira, 18 anos, e José Roberto, 20 anos, passaram por cirurgias que duraram cerca de quatro horas. Daniele foi internada com trauma de abdome, lesão vascular e ortopédica na perna e traumatismo craniano. O Hospital Souza Aguiar diz que no caso de José Roberto, além de traumatismo craniano e lesão vascular e ortopédica na perna, foram percebidas fraturas de quadril e tórax.
Outras duas vítimas foram identificadas: o gerente do restaurante, Jorge Luís de Souza Lima, 46 anos, que permanece em observação no Souza Aguiar, e Flavio, que não seria funcionário do estabelecimento e recebeu alta.
Uma das vítimas que saiu do hospital foi Márcio de Souza, 42 anos, balconista aposentado, que estava passando perto do local quando escutou a explosão "Só ouvi a explosão e vi coisas caindo sobre mim. Me sinto aliviado. Escapei da morte", afirmou Souza, que estava sangrando no rosto.
Depoimentos das testemunhas da explosão do restaurante Filé Carioca, no centro do Rio de Janeiro, deram uma nova possibilidade de causa para o incidente. De acordo com o delegado Antonio Ferreira Bonfim Filho, responsável pelo inquérito, existe a suspeita de que uma das vítimas teria acendido um cigarro no local, onde havia vazamento de gás.
"Um jornaleiro vendeu cigarros a uma das vítimas, ela teria sido avisada para não acender o cigarro pois havia cheiro de gás no local", informa. Ainda conforme o delegado, é cedo para avaliar o que de fato ocorreu, mas é pouco provável que a explosão tenha sido causada pelo acender de uma lâmpada, já que uma das vítimas trabalhava no local, possivelmente não estava no escuro, e as lâmpadas usadas são frias.
Veja a fachada do restaurante antes e depois da explosão:
De qualquer modo, o delegado vai esperar a conclusão das perícias para encerrar o inquérito. Nesta quinta-feira foram ouvidas 10 testemunhas da tragédia. "É importante ouvir essas pessoas com a memória ainda fresca. Além disso, passados alguns dias, os depoimentos podem mudar de acordo com interesses", destaca.
A área externa do edifício Riqueza, onde ficava o restaurante, foi analisada nesta quinta por peritos, que devem aguardar o início do escoramento da laje para começar ver minuciosamente a área interna.
Bonfim afirma que durante a investigação será apurado até que ponto os proprietários tinham conhecimento da falta de documentação para o restaurante funcionar e se houve negligência por parte de algum funcionário em deixar o gás vazando. "Caso seja comprovada negligência a pessoa pode até responder por homicídio doloso, mas é um caso extremo e ainda é cedo para afirmar isso."

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