sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Iemenita dedica Nobel da Paz a todas as revoluções árabes

Acampada na praça Tahrir de Sanaa - onde protesta contra Saleh - a ativista Tawakkol Karman soube de sua candidatura ao prêmio nesta sexta, pela TV

A iemenita Tawakkol Karman fala ao telefone pouco depois de receber a notícia de que foi agraciada com o Nobel da Paz de 2011 A iemenita Tawakkol Karman fala ao telefone pouco depois de receber a notícia de que foi agraciada com o Nobel da Paz de 2011
Tawakkol Karman é fundadora da ONG Mulheres Jornalistas Sem Correntes e dirigente do partido islâmico Al Islah (Reforma Islâmica), que apostou na via pacífica de oposição a Saleh
A ativista e jornalista iemenita Tawakkol Karman dedicou nesta sexta-feira o Prêmio Nobel da Paz de 2011 à "Primavera Árabe", com uma lembrança especial "ao sangue dos mártires e dos feridos". Ela disse estar "feliz e surpresa" pela distinção em declarações à rede de televisão árabe Al-Arabiya, sediada em Dubai.
"Trata-se de uma honra para todos os árabes, muçulmanos e mulheres. Eu dedico este prêmio a todos os ativistas da Primavera Árabe", disse Karman, dando uma ênfase especial às revoltas de Tunísia, Egito e seu próprio país, o Iêmen. "Estou muito feliz", disse a ativista, uma das figuras das manifestações populares no Iêmen contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh.
Em declarações na praça Tahrir de Sana, onde permanece acampada em protesto, Karman afirmou que continuará sua luta "contra a opressão e a injustiça até que Saleh seja julgado". A iemenita, que pernoita ao lado do filho e de uma de suas filhas em uma pequena barraca, desconhecia que era candidata ao prêmio, do que se inteirou nesta sexta-feira mesmo pela televisão.
"Não esperava receber este prêmio e nem sequer sabia que minha candidatura havia sido apresentada", acrescentou a ativista. Tawakkul Karman foi uma das principais líderes das manifestações estudantis que, em janeiro, iniciaram os protestos populares contra o regime do Iêmen, país conservador no qual as mulheres não cumprem um papel político de primeiro plano.
Karman foi reconhecida pelo Comitê Nobel da Noruega junto à presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e à também liberiana Leymah Gbowee por sua "luta não violenta pela segurança e os direitos das mulheres para participar plenamente das tarefas de pacificação". A iemenita é fundadora da ONG Mulheres Jornalistas Sem Correntes e dirigente do partido islâmico Al Islah (Reforma Islâmica), que apostou na via pacífica de oposição a Saleh.

Nenhum comentário:

Postar um comentário