Após problemas com duas marcas de silicone, médicos irão propor à agência reguladora adoção de regras mais rígidas para controle dos implantes
Prótese mamária: Anvisa e representantes de sociedades médicas se reunirão nesta quarta-feira para discutir novos procedimentos em relação aos implantes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fará uma reunião na tarde desta quarta-feira para reavaliar as regras para autorização de implantes mamários no Brasil. Estarão presentes representantes da agência reguladora e das sociedades brasileiras de cirurgia plástica e de mastologia. Também serão discutidos quais procedimentos serão tomados a partir de agora em relação aos implantes mamários da Poly Implant Protheses (PIP), informou a Agência Brasil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a reunião deverá discutir novas diretrizes para as 14 marcas importadas e duas nacionais de silicone existentes no mercado brasileiro. Os médicos cirurgiões plásticos irão propor que a Anvisa adote regras mais rígidas para a autorização da comercialização dos produtos no país, evitando que casos como os da PIP, e agora da marca holandesa Rofil, se repitam.
"Precisamos ter uma reavaliação [das próteses]. Houve uma falha no critério de avaliação. O cirurgião plástico foi tão surpreendido quanto a paciente [sobre as denúncias contra a PIP]", disse à Agência Brasil o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Luciano Chaves, que participará da reunião.
Para Chaves, a Anvisa também foi 'enganada' pela empresa PIP, que vendia seus produtos na França e em outros países europeus, como no Reino Unido. Porém, ele lembra que, nos Estados Unicos, a marca francesa não conseguiu autorização para sua comercialização. O vice-presidente da SBCP não especificou como a nova certificação das próteses de silicone será feita, já que, segundo ele, os médicos querem ouvir o que a Anvisa tem a dizer na reunião desta quarta-feira.
Rastreamento - A SBCP informou que vai passar a rastrear todas as brasileiras que implantam silicone nos seios por meio de um cadastro nacional. A ferramenta irá registrar os dados das mulheres que receberem os implantes e informações sobre a prótese usada, como tipo, marca e formato. Com o cadastro, será possível identificar com mais facilidade problemas nos implantes
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