BAMACO — O chefe da junta militar de Mali, no poder desde o dia 22, ordenou neste sábado ao Exército que "não prolongue a luta" em Gao, principal cidade do norte do país, deixando a cidade livre para os rebeldes, que atacaram pela manhã.
"Tendo em vista a situação das populações vizinhas" à zona de combates, "as forças de Mali decidiram não prolongar os combates", anunciou na noite deste sábado o capitão Amadou Sanogo.
Momentos antes, no entanto, Sanogo afirmou por escrito em um comunicado, lido por uma jornalista do canal de TV estatal ORTM, que os rebeldes haviam sido "rechaçados pelas Forças Armadas".
"O Conselho Nacional de Recuperação Democrática e Restabelecimento do Estado (CNRDE, a junta) fará uma análise clara da situação nas próximas horas", acrescentou o chefe da junta, sem dar detalhes.
Ouvidas pela AFP, duas fontes ligadas à junta admitiram que se tratava, de fato, de uma ordem de evacuação da cidade dada às forças governamentais.
"Um plano de segurança mais viável será implementado, para que a integridade territorial de Mali não seja mais violada", limitou-se a indicar Sanogo no comunicado.
Situada 1.000km a nordeste de Bamako, Gao, de 90 mil habitantes, abrigava o quartel-general do Exército para a região norte do país. Nenhum balanço de vítimas, nem o número de desabrigados, havia sido divulgado até a noite
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