Vítima presta depoimento Uma das vítimas do atropelamento cometido pelo então subsecretário, Silvana Braga de Souza, de 30 anos, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira na 81ª DP, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. Ao todo quatro pessoas ficaram feridas e uma morreu no acidente. Silvana saía da casa da cunhada com os filhos Felipe, de 5, e Gabriel, de 2, que estava em um carrinho de bebê.
Silvana relatou que sente muita dor no braço esquerdo, nas pernas, e na coluna, o que causa dificuldade para se locomover. A vítima reafirmou que o carro do ex-subsecretário estava em alta velocidade e em zig-zag e que Alexandre não prestou socorro. "Quero que ele pague pelo que fez de alguma forma", exigiu.
Atropelada por Alexandre, Silvana, chegou a desmaiar e sente dores no corpo
Ao ser atingida pelo veículo, ela desmaiou e bateu com a cabeça no chão. "Quando acordei, achei que meu filho estava na ferragem. Só vi o mais velho. Escutei o Gabriel pedindo socorro gritando desesperado. Tirei força não sei da onde para ajudá-lo. Acho que foi amor de mãe", disse Silvana, que retirou a criança de dentro do carrinho, que ficou destruído com o impacto.Problemas cardíacos
O advogado de Alexandre Felipe, José Maurício Ignácio, disse que o ex-integrante do governo estadual está hospedado na casa de parentes e ainda bastante traumatizado com o acidente. Ainda segundo Ignácio, Alexandre tem tomado remédios para hipertensão e vai passar por uma série de exames cardíacos, já que ele apresentou alguns problemas no coração devido a pressão arterial elevada. Alexandre Felipe está, por hora, afastado dos trabalhos no Governo do Estado.
Família lamenta
Bastante abalado, o filho do pedreiro lamentou a morte do pai, que acredita que poderia ter sido evitada. "Se meu pai tivesse sido levado para o hospital no momento que aconteceu, ele poderia estar vivo", disse Geovanne Evangelista Pereira. A família autorizou a doação dos órgãos de Ermínio, que morreu neste sábado.
Filho do pedreiro atropelado por subsecretário chora
O primeiro exame para comprovar a morte encefálica do pedreiro foi realizado às 20h15, por um neurologista, seguindo o protocolo médico, seis horas depois foi realizado um novo exame, realizado por um clínico geral. Na manhã deste sábado um terceiro exame atestou, definitivamente, a morte de Hermínio.Ex-coordenador da Lei Seca
De acordo com testemunhas que não quiseram se identificar, por volta das 23h30 de quinta, o ex-subsecretário teria saído de uma festa na casa de Marco Botelho, presidente da Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (Fiperj), visivelmente alcoolizado. Alexandre Felipe integrou a Operação Lei Seca até fevereiro deste ano.
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