São Paulo - O consórcio Inframérica, vencedor do leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal (RN), deve investir, até a Copa do Mundo de 2014, cerca de R$ 370 milhões na construção do terminal. Esse valor chegará a R$ 650 milhões na segunda etapa da obra. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve financiar 70% desses valores.
Após 87 lances, o consórcio ganhou, na manhã de hoje (22), o leilão que ocorreu na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com a proposta de R$ 170 milhões. A oferta representou um ágio de 228,82% sobre o preço mínimo estipulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de R$ 51,7 milhões. O consórcio é formado pela construtora Engevix do Brasil e pela empresa argentina especializada em administração de aeroportos Corporación América. O consórcio terá 25 anos para explorar a concessão, com possibilidade de renovação por cinco anos.
A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, disse que o novo aeroporto é "fundamental e estratégico", porque está a seis horas da Europa e de Miami (EUA) e a três de Cabo Verde. Ela pediu ao consórcio garantias de que o terminal será entregue para a Copa do Mundo e que sejam contratados, preferencialmente, trabalhadores do Rio Grande do Norte.
"Vamos nos antecipar e começar a preparar profissionais e, para isso, teremos uma escola de tempo integral de ensino médio em São Gonçalo do Amarante. Os cursos técnicos serão voltados para a atividade aeroportuária. Vamos ter outra escola de ensino médio integrado em Macaíba, que é vizinha, que também dará condições para que os jovens se preparem", disse a governadora.
O executivo da Engevix no Brasil José Antunes Sobrinho disse que, depois da assinatura do contrato, em novembro, o Inframérica terá 36 meses para construir, entregar e dar início às operações do terminal. "Dentro do prazo da concessão para executar a obra nós vamos tentar fazer o mais rápido possível. É nosso interesse ter o aeroporto operacional no momento em que vai ter pico de tráfego, exatamente na Copa do Mundo".
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